
Semana de resolver as coisas na universidade, mas também de conhecer Berlin, claro. Uma explosão de novidades, de coisas pra conhecer, pra ver, pra se perguntar: é de comer? Vários monumentos, igrejas, galerias e museus, por metro quadrado. Mas primeiras impressões: é de que as pessoas não são tão frias quanto se falava, que aqui as pessoas respeitam, e muito, as regras, ninguém fura sinal, fila, todos parecem ter uma paciência infinita. Apesar de terem me dito que Berlin não era muito organizada, achei bastante, com os metrôs saindo na hora exata, nenhum minuto a mais ou a menos, ciclovia em quase toda cidade – e quando não se tem, os carros respeitam muito; sinalização na grande maioria das ruas e praças – isso aqui pra turista é uma beleza. Até agora só achei ruim o fato de as ruas e serem bastante sujas, no centro não, mas sim nos bairros do subúrbio, sobretudo a rua onde moro, que é preciso ter muito cuidado pra não pisar em merda de cachorro. Ah! Aqui tem muito cachorro, eles podem entrar em quase qualquer lugar fechado, como supermercado, shopping, lanchonetes e até no metrô. Cerveja aqui é muito barata no supermercado, mas na rua é caro, do mesmo jeito é comida. Não comi quase nenhuma vez fora de casa, com exceção do Dönner (espécie de cachorro quente feito com churrasco grego, delícia) que como quase todo dia, a qualquer hora, e não tem coisa melhor pra comer de madrugada quando se chega bêbado, ou melhor ainda deve ser pegar o primeiro Dönner de manhã bem cedo, porque a carne tá bem nova e o espeto enorme.
Berlin é uma cidade muito multicultural, mora gente de todo mundo aqui, e pode se escutar vários idiomas nas ruas, árabe, inglês, francês, e de vez em quando português. Aqui vive bastante turco, principalmente no bairro onde moro, Neukölln, e em Kreuzberg. Até os outdoors são em árabe, às vezes. E claro, um frio que nunca senti na vida, primavera com cara de inverno, mas sem neve. Enfim, muita coisa pra contar...