CHEGADA

Enfim, Frankfurt, depois de quase dez horas de viagem, sem escala. O aeroporto é enorme, um mundo. Andamos muito até conseguir achar nossas malas. Depois andamos mais um bocado procurando passagem aérea para Berlin, mas quando não se compra com bastante antecedência é muito caro, tinha passagem pela Lufthansa até por 400 euros! Mas se comprar antecipado é possível até conseguir passagem de graça, pagando apenas taxa de embarque, de cartão de crédito e às vezes de bagagem. A solução foi ir de trem, mas que trem? Acabamos pegando um trem super caro, mas que fazia Frankfurt-Berlin em 3-4 horas, o ICE. Era o único que ia sair de tarde, os outros só de noite, então fomos nele. No caminho já podia se avistar as casinhas em estilo germânico pela janela, florestas inteiras ainda sem folhagem – a primavera oficialmente já começou, mais nem parece. Conhecemos um alemão, Tobias, que foi nos mostrando o que tinha pelo caminho, uma montanha de sal, que eu apelidei de Salzberg, cidadezinhas minúsculas e mais a frente a fábrica da Volkswagen, em Wolfsburg. Descemos na Hauptbahnhof de Berlin - enorme, arquitetura moderna, muito aço, vidro, luz. Muita gente com roupas pesadas e escuras passando com pressa pro seus trens e metrôs. Trem, gente, luz, ônibus, bicicleta, cachorro, isso por todo lado e um frio de quase 0°. Estou em Berlin.

Primeira comida que como aqui, Gulasch mit Kartoffel, apesar do prato não ser daqui, é bastante alemão. Depois passei a noite tomando Gulasch pra esquentar, porque o frio e a saudade não me deixavam dormir, depois de muito Gulasch e muito escrever, enfim dormi.

Bis später.