31.8.09

Inglourious Basterds



Sendo exibido nos cinemas desde o dia 20 de agosto por aqui, só fui assistir nessa semana o novo Tarantino.

O filme se passa na França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra, sendo falado em inglês, francês, alemão e ainda em italiano, no começo da primeira sequência e em outra cena cômica entre os Inglourious Basterds e o caçador de judeus, Hans Landa. O filme se afasta dos EUA, mas Tarantino mantém seu estilo e referências, deixando o filme inconfudivelmente com sua marca.

Apesar de não ter a descarga elétrica de Death Proof, o filme consegue manter acessa toda a pláteia do começo ao fim das suas quase duas horas e meia de projeção. Curioso ter assistido aqui em Berlin, com tantos alemães, que em sua maioria talvez tenham tido pais ou avôs que faziam parte do regime nazista. E ver nazistas sendo esfolados e queimados pode ser incomôdo, por mais ódio que a geração atual tenha dos nazistas. Entretanto todos parecem ter adorado, a pláteia participava e vibrava com as cenas e diálogos multilinguais. No final o filme foi bastante aplaudido. A exceção foi um senhor que estava do nosso lado e parece não ter gostado muito, entretanto ficou até o seu final demoníaco, assim como todas as 500 pessoas no cinema completamente abarrotado.

O título, e provavelmente o filme, foi inspirado no filme italiano Quel maledetto treno blindato (The Inglorious Batards), filme de 1978. Enretanto não se trata de um remake. O título sugere que irá ser narrada a história dos Inglourious Basterds, grupo de soldados americanos de origem judaíca liderados por Aldo Raine, interpretado por Brad Pitt. Mas não é bem o que acontece, os Basterds ficam ausentes boa parte do filme, sendo a história desenvolvida através de vários personagens distintos. Como Shosanna, a dona do cinema onde se passa grande parte do filme, assim como os personagens pitorescos de Goebbels e Hitler, Frederik, o soldado e ator alemão, interpretado por Daniel Brühl, sempre com cara de mocinho apesar de soldado nazista e principalmente o alto comandante alemão Hans Landa, numa atuação perfeita de Christoph Walz. Como saiu na Yorker, revista do maior grupo de cinema de Berlin com ótimas críticas sobre os filmes, Einer spielt sie alle an die Wand: Christoph Walz, ou seja, um joga tudo contra a parede, modo alemão de dizer "do caralho!".

Sempre vemos em seus filmes, uma declaração de amor ao cinema e nesse não podia ser diferente, com o filme quase todo se desenvolvendo em torno do cinema em Paris e tendo lá o seu final com projeção fantasmagórica em meio à fumaça, Tarantino remete que filmes podem pôr fim a uma guerra.

Antes da exibição, trailer de Das weisse Band, Palma de Ouro em Cannes, estreia aqui em outubro. Haneke e Tarantino são diretores que tratam da violência em seus filmes de modo tão equivalente ou distinto, dependendo do ponto de vista, eu não sei ainda qual o meu. Interessante.



International Kino Berlin, 31 de agosto de 2009.

24.8.09

2.2



Como em todo ano, muita bebida, gente pra caralho, descontrole absoluto, quedas de bicicleta e um pouco de vandalismo saudável. Não poderia ser diferente só por estar em Berlin. Ontem foi um dia bem louco e divertido. E claro, com o sol que fez, tinha que ser no Mauerpark, melhor lugar de Berlin aos domingos. Ainda escrevo sobre esse lugar aqui. Gente do mundo todo, cerveja, caipiginha e boulette. Tipicamente berlinense. hehe

Mas senti falta das comemorações de Recife, era sempre uma felicidade enorme reunir todo mundo. Saudades.

E parabéns bunita! Esse ano não deu pra gente comemorar junto, mas ano que vem a gente desconta! uhu!

5.8.09

MARROCOS


Mochila nas costas e sem limites de velocidade. Atrás, o carro que alugamos. Começo da viagem. Casablanca, 27 de maio de 2009.

[Enfim o texto do Marrocos, mas ainda é a primeira parte]

Ao som de Manu Chao, trilha sonora de TODA a viagem, me inspiro pra escrever sobre o Marrocos.

Dois boratchos durante uma noite a la fundo blanco, têm a idéia de ir para o Marrocos. E assim, boratchos, compram as passagens para Casablanca. Um me liga e lança a idéia. Mas estou em aula, digo. Deixa de frescura, Brecht! Tá, vamo nessa! E já compro as passagens. Ligo para o quarto integrante da expedição, que fica enrolando e só compra a passagem dois dias antes da viagem. Grupo formado!

Mas ficam as dúvidas, que vamos encontrar lá, que cidades a gente vai visitar, como fazemos tudo..? Para isso existe a Lonely Planet! Livro comprado horas antes do vôo Madrid-Casablanca. Sem esse livro e claro, o mapa da Michelin, não sei como faríamos tudo. Foi providencial.

Atravessando o Estreito de Gilbratar e tentando bolar um roteiro, que foi sempre modificado, aquele velho papo de foco. Mas que bom.

Chegando em Casablanca, alugamos um carro, depois de muita conversa pra baixar o preço, claro. O aeroporto fica a 30 km do centro de Casablanca. Só eu tenho carteira, então vamo lá! Liga o carro, porra! Calma doido! Liga o som! Eita caralhoo! Só música árabe! Pegando a estrada, esquecemos de encher o tanque, gasolina acabando, mas por sorte achamos um posto. Quem trocou dinheiro, hein? Eu não brother, todos dizem. Depois de muita confusão tentando trocar dinheiro, passamos no cartão, tão fácil né. Agora a gente chega! uhu! Mas tinha um pedágio no meio do caminho, a moça só falava francês. Depois de várias tenativas de explicar a situação,[hablas español?, do you speak english?, sprichst du deutsch?], o taxista que tá atrás impaciente troca dinheiro pra gente. Será agora que a gente chega?

Não antes de quase enlouquecer no trânsito, o mais caótico que já vi! Centenas de mobiletes antiguíssimas e barulhentas, carros, caminhões, pedestres, cavalos, passam tirando fino do retrovisor, trancando a gente, nos xingando em árabe. Foi uma tarefa difícil dirigir lá, deu vontade de largar o carro no meio da rua. Depois de alguns sustos no trânsito e de muito rodar pra achar uma casa de câmbio, deixamos o carro no estacionamento e fomos atrás do albergue.

Sem problemas para achar o albergue, que ficava dentro da Medina, o centro histórico que toda cidade do Marrocos têm. Deixamos as coisas e fomos átras do famoso cuzcuz marroquino, sem sucesso. Depois viemos descobrir que não é servido todos os dias, pois faz parte da tradição de lá, só viemos comer o tal cuzucuz marroquino em Fèz. Caminhando pela Medina vemos um bar de teto bem baixo e rebuscado cheio de homens tomando café ou o chá assistindo algum programa nas várias televisões espalhadas pelo salão. O ambiente era meio opressor para nós, turistas, e nem pensamos em parar pra tomar um chá e trocar idéia com o dono ou tirar foto. Seguimos e claro, nos perdemos naquele emaranhando de vielas. Avistamos a Hassan II e seguimos para lá, não antes de pegar a direção oposta átras do cuzcuz e comer um sanduíche que tinha até arroz dentro, com uma Coca-Cola.

Enfim, a Hassan II, a construção mais impresionante que vi no Marrocos e uma das coisas mais grandiosas do mundo. É a terceira maior mesquita do mundo, construída em 1993 pelo então rei, Hassan II, custou 500 milhões de dólares americanos. Ao redor da mesquita, favelas. Ao mesmo tempo impresionante de se ver e revoltante, com tanto dinheiro podia-se construir uma nova Casablanca, bem menos miserável.

Passamos horas olhando a mesquita e tirando fotos, isso porque não entramos, pois a entrada só é permitida aos muçulmanos. E quando deu 21h, a última oração do dia, Salát Al-Ichá (A Oração do Anoitecer). Um homem entoava algo que ressova por toda a redondeza, era muito forte, tinha muita energia. A mesquita parecia nos atrair magneticamente, não conseguiamos sair de lá, e quando, enfim saímos, íamos olhando pra trás o tempo todo.

Fomos atrás de algo pra comer e de uma cerveja, à beira da praia, me sentia em alguma cidade no litoral do nordeste, uma cerveja ia cair muito bem. Mas, para meu desespero, não se vende alcóol em todos os lugares do Marrocos, sendo muito raro de encontrar. Suco de laranja então! Uma das especialidades do Marrocos. Ainda pedimos leite quente, sem entender o menu, pensando que era algo típico de lá! hahaha

Indo pro albergue andando, nos sentimos no Brasil, devido a uma certa sensação de insegurança, mas chegamos bem e ainda a tempo de pegar a porta aberta, que fechava de meia noite.

Acordamos e fomos ver a Hassan II por dentro no horário de visitação. Nos impresionamos mais ainda com o que havia dentro, portais enormes, mosaicos multicor, banheiro turco. Tudo incrível, mas não dava pra esquecer a pobreza que havia do lado de fora, um contraste gritante.

Hora de ir pra Rabat, a capital. Estrada com pedágio, mas bem barato, paracia um tapete, me senti numa Autobahn alemã, tanto que o radar da polícia acusou excesso de velocidade. Fomos parados, mostramos os documentos, nos informaram que a gente ia ter que pagar uma multa, conversa vai, conversa vem e o policial pergunta de onde somos. Brasil, respondemos. Ah, Sócrates, Péle, Ronaldinho! - fala o policial. Ainda bem que tinha dois entendidos de futebol no carro, aí ficaram conversando sobre os times do Brasil, do Marrocos e o guarda liberou a gente. Futebol mostrou-se uma forma infalível de se livrar de multas no Marrocos em mais duas ocasiões, na última já tinhamos todo o script na cabeça inclusive. Então seguimos viagem, um pouco mais devagar.

Chegando em Rabat [ao som de Chico Science, O Cidadão do Mundo] já podemos ver muita diferença em relação à Casablanca. Cidade mais rica, organizada, o trânsito nem enlouquecia. Era tão relax dirigir lá que decidimos dar uma volta pela cidade de carro e só mais tarde ir atrás do hostel. Fomos, claro, pra praia, já que Rabat fica na costa. Chegando lá, um cemitério enorme na beira da praia, muito inusitado. Saudade de mar, então vamo entrar na água! Alugamos um body board e fomos que nem crianças correndo loucamente pra água. Colocando o pé na água, que frio! Mas isso não impediria nunca de entrarmos. Ficamos pegando onda, brincando com as crianças e tremendo de frio. Na areia tava rolando uma pelada e pedimos a próxima. De onde são, perguntaram. Quando dissemos, enlouqueceram, fizeram um campo marcado na areia, se reuniram, fizeram táticas, e durante o jogo nos deram milhões de caneladas. Começamos ganhando, mas o jogo terminou empatado em 4x4, resultado vergonhoso para nós e vitória para eles. Nossa desculpa foi que ficamos abalados porque haviam roubado nossas coisas que estavam na areia. Ainda bem que eram só as camisas, havaínas e meus óculos de sol.

O sol vai mergulhando no mar, hora de achar o albergue. Lá conhecemos os parceiros, brothers de toda a viagem, los hermanos, nossos amigos argentinos. Que haviam pegado o mesmo vôo com a gente, e já havíamos nos encontrado em Casablanca. Então fomos comer algo e pensar nas próximas cidades e o que iríamos fazer amanhã. Essa sensação de sentar, abrir mapa e livro e programar viagem é uma das melhores sensações que se pode sentir, não sei nem explicar isso.

No outro dia, conhecemos a medina da cidade, mais algumas partes da praia e partimos. Agora pra Meknés, uma das quatro cidades imperiais. Que sem a dica dos hermanos nem iríamos conhecer. Lá estacionamos um carro e um guia queria nos mostrar a medina por alguns dhs (lê-se dirans, a moeda marroquina). Um pouco desconfiados, mas fomos com ele, que nos mostrou a medina e a parte onde se fazia trabalhos com ferro. Muitas crianças trabalhando, o que parece não condizer com a estatísticas oficias sobre trabalho infantil, que indica ser bem baixo o número de crianças que fazem parte da força de trabalho.

Então, o guia nos levou até uma loja de tapetes, onde começou uma apresentação de tapetes marroquinos. Nos serviram o famoso whisky marroquino, que até então pensei que podia haver alcóol, mas não era nada mais que um chá. Foi uma experiência mágica, aqueles tapetes sendo exibidos, os caras sabem vender seu peixe bem. Os marroquinos tem uma aptidão enorme para ser negociantes. E falar que vai comprar algo e depois desistir para eles é uma ofensa grave, para eles essa coisa da palavra é levada à risca.

Encontramos com o guia, voltamos ao carro e vamos para Fèz, outra cidade imperial. Mais problema com a polícia, mas dessa vez não foi minha culpa. O guarda inventou uma infração para nos extorquir dinheiro. A multa começou com 400 dhs, passou p 200 dhs e foi baixando, até ele nos deixar de ir embora, claro depois de muito conversar sobre futebol.

Chegamos em Fèz de noite, paramos num supermercado e comemos em cima do carro. Rodamos a cidade atrás do albergue, não achamos e pedimos ajuda a um marroquino, que ligou pro hotel, perguntou onde era e fomos seguindo o carro dele até lá. Os marroquinos quase sempre foram muito simpáticos e prestativos, com algumas péssimas exceções, claro. Acabamos ficando na casa de uma família, um Riad. E finalmente compramos cerveja [uhu!], a primeira cerveja depois de dias, tomada na laje do Riad e super quente.

No outro dia fomos conhecer a medina, como em todas cidades. Mas essa tinha algo de especial, era enorme e impossível de não se perder, acho que passamos seis horas rodando por aquelas vielas estreitas, comendo doces sem parar e sempre dando voltas e retornando ao mesmo lugar. Lá finalmente comemos o famosos cuzcuz, numa loja de tapetes, nada mais marroquino do que isso. Cuzcuz para 6 pessoas num prato enorme. Muito bom.

Nos despedimos da cidade vendo o pôr do sol nas ruínas de Fez.

[em breve a continuação da nossa saga]

...

2.8.09

Notícias




Passado o vislumbramento inicial de ver tudo novo e diferente e exatos cinco meses vivendo em Berlin, talvez possa agora ter uma visão geral desse meu tempo aqui. E assim volto, depois de muito tempo sem postar e sem escrever muito sobre o que anda se passando a dar notícias.

Gostaria de dar melhores notícias, mas nem sempre as coisas saem como planejado. Ainda não estou falando bem alemão, consigo me comunicar razoavelmente no dia a dia, falando coisas mais básicas. Mas, em termos de universidade, por exemplo, andei apanhando bastante do idioma, havia aulas que eu não entendia quase nada. Por conta disso, não consegui fazer os trabalhos para ter as notas suficientes para passar nas cadeiras e fazer as equivalências no Brasil, com exceção do curso de alemão, que conta como cadeira eletiva, são 6 ECTS. Eu realmente tentei, mas ler os artigos e escrever os textos não me foi possível. Alemão não é um idioma fácil, acreditem. Fiquei bastante frustrado com isso, mas depois desencanei, corro atrás disso quando voltar ao stress do curso de Economia da UFPE. Isso não prejudica meus planos de voltar a estudar ou trabalhar aqui, acho. Tá certo, não ajuda, mas também não atrapalha. Pelo menos assim quero pensar. Porém tenho que explicar muito bem tudo isso na universidade aqui.

Depois que não conheço muita gente aqui, tenho poucos amigos. Na minha residência praticamente só moram pessoas que têm sua vida aqui há tempo e não saem dessa rotina, dificulta pois acabamos não se misturando tanto. Mas sempre estou na cozinha e acabo conversando com todo mundo, praticando meu alemão. Apesar de poucos amigos, tenho feito boas amizades aqui, pessoas que admiro bastante e que aprendo muito com elas. Também passaram pessoas, que assim como eu, continuaram sua andada e não permaneceram muito tempo, mas que vou sempre lembrar com carinho.

Situação financeira se transformou no último mês num problema, o dinheiro que havia juntado em Recife não está lá muito bem, e detalhe que ainda não tenho passagem de volta. Tive alguns gastos imprevistos, gastei muito na viagem do Marrocos e Espanha e a vida aqui, apesar de ser barata, não é tanto para mim. Ainda não havia procurado emprego, pois o idioma ainda não estava fluindo, mas agora preciso arrumar de todo jeito. Já fui em alguns lugares, mas nada até agora. Nessa semana vou na agência de emprego e em alguns bares. Coloquei meu nome na lista para ser uns faxineiros do prédio, com esse dinheiro já pagaria meu aluguel.

Andava numa fase mal, não sei que porra eu tinha. Disperso, completamente desorganizado, sem vontade de fazer nada, sem energia. Andava meio cabisbaixo e triste. Vejam só que despautério. Não estava me reconhecendo. Mas agora to melhor, to de volta! haha

Não pensem que estou reclamando, estou feliz pra caralho por estar aqui. Berlin é uma cidade fantástica, louca e pulsante. Tem muita vida. E está sendo uma experiência única esse tempo aqui.

Fazer intercâmbio numa cidade como Berlin é um pouco diferente, creio. Sendo uma cidade enorme, de proporções absurdas mesmo, as pessoas acabam não se encontrando por acaso, se torna difícil construir relações aqui. Aqui não é aquela loucura de Erasmus que é a Espanha, por exemplo. Ah, a Espanha... Além do que se eu quiser não falo alemão, a maioria das pessoas, pelo menos os mais jovens, falam um inglês perfeito, e ainda por cima a quantidade de pessoas que falam espanhol aqui chega a ser um absurdo. Meu espanhol melhorou bastante em Berlin. hehe

Ainda me resta tempo para aproveitar a cidade, conhecer pessoas, aprender alemão e inglês, viajar e fazer os contatos para poder voltar. Haja o que houver, vai valer a pena. E essa é a minha história que eu mesmo estou construindo, com ajuda de outras histórias claro, sempre compartilhando e entrelaçando-as, mas é a minha história. Apesar das dificuldades do presente, da incerteza do futuro, vou construindo essa história com menos pressa agora, sem querer abraçar de vez o mundo. Faço o que posso fazer. E fico feliz de olhar para o passado e ver que construí algo, que tenho pessoas que sempre vão estar do meu lado e eu do lado delas. Isso me dá força. A estrada é longa, e eu sinto que só estou no começo. Mas agora, sigo mais tranquilo.

Escrevo isso pensando nas pessoas que admiro. Todos que penso agora escrevendo, são completamentes diferentes, cada qual com seu jeito. Mas todos incríveis, como profissionais e como pessoas.

Que mais, que mais? Acho que isso é tudo, ou quase tudo. Já são mais de 02h, preciso dormir para resolver umas coisas pela manhã.

Ciao ciao, bis dann, hasta!