5.12.09

Sonho

Acordo às 19:26 de um cochilo antes da festa de despedida de Bruno devido a um sonho.

É verão em berlin, provavelmente já nao moro mais aqui, pois estou hospedado num hotel em algum lugar de Prenzlauerberg. Sei disso, pois alguém disse algo como, "Não sabe? Aqui é uma das áreas mais movimentadas de Berlim. Muitas festas". No hotel que estávamos hospedados, havia muita polícia, alguém muito importante estava lá hospedado. Era um dia bem quente, por isso estava de bermuda, sandálias e com o casaco leve de todos os dias. Vamos conversando a pé. Descubro que estamos a caminho de uma reunião importante sobre um projeto. Então alguém me diz, "Você não pode ir assim do jeito que está". Mas como ninguém me avisa? Como eu não havia me tocado? Então vou vendo como as pessoas estão vestidas. Um traz um terno e gravatá. Outro, de camiseta, casaco leve como o meu e tênis. As outras pessoas não lembro. Ando com todos até a entrada, ainda meio desconfiado sobre o fato de não pode ir do jeito que estava para a importante reunião de negócios. Já na porta do elevador, me dão a chave do quarto, o número é 124, e falam pra eu vir com o carro, pois assim não me atraso tanto mais. me passam recomendações e informações inúteis e complicadas sobre o funcionamento do carro. Não entendo nada, mas sei que não pode ser tão diferente dos outros carros. Também me falam que a essa hora e aqui por perto, não terei problemas com a polícia se dirigir o carro. Mas tenho carteira de motorista, digo isso apenas pra mim. Saio correndo com o celular na mão pra escrever uma mensagem perguntando que sala será a reunião e também pra confirmar o endereço do prédio. Correndo, a paisagem se transforma em alguma rua a beira-mar de uma capital nordestina, Aju provavelmente. Uma senhora que está passando tenta bloquear minha passagem com os galhos de uma árvore. Acho que ela pensou que havia roubado o celular. Temendo outras reações parecidas, guardo o celular no bolso sem terminar de escrever a mensagem. Um homem de meia idade e um pouco careca me atira uma garrafa, que por sorte não pega em mim. Olho pra ele e grito, "Danke!". Continuo correndo e escuto ele resmugando com o filho, "Mas a garrafa nem pegou nele!". Continuo correndo sem hesitar, assim acordo e ainda continuo correndo.

Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
Quanto tempo!
Pois é...quanto tempo.
Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas.
Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança.

Quanto tempo.. Quão curto tempo.. Quão efemêro tempo. Nunca pára, não pára nunca.

Eu só ando em busca de um sono tranquilo, enquanto corro pra pegar meu lugar no futuro. Quanto tempo. Pois é quanto tempo.

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