3.3.10

Derrière des forêts cosmopolites

Hoje faz um ano que estou em Berlim. Um ano que passou na velocidade de uma semana, mas quando páro para lembrar de tudo, são como lembranças de 10 anos. Eu me sinto como em casa. E aqui na verdade passou a ser minha cidade, minha segunda cidade. E pensar que escolhi isso, de certa forma, numa sala de espera de um consultório. Conheci um jornalista da BBC que tava conversando com um senhor do lado sobre viagens pelo mundo. Os dois conversavam sobre as cidades que eles mais se identificavam sem ser a qual eles haviam nascido. O jornalista disse ser Londres a cidade da vida dele, pois havia morado lá por muito tempo e construído toda a carreira dele por lá. O senhor disse ser Veneza, viagem com a mulher, lembranças de dias felizes e ensolarados. E eu não pude dizer nada, só havia morado em Recife. Mas disse pra mim mesmo, será Berlim. E por quê...?

Dia para reflexão? Que nada. Tantas despedidas hoje... vai ser difícil. Mas me alegra saber que amanhã encontro um grande amigo em Estocolmo. É muito bom saber que nem todo adeus é para sempre.

Bärlein, 03 de março de 2010.

Um comentário:

  1. "E eu não pude dizer nada, só havia morado em Recife."

    É fato, me sinto muito melhor agora.

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