Hoje fui no Zoo, já era noite, a neve havia congelado, só havia blocos de gelo, um branco não mais tão branco como neve, pixações na entrada do metrô e muito lixo. Com o fim do tempo de natal, o mercado natalino já não habita mais a praça em volta da Gedächtnis-Kirche, com isso pessoas vendendo todo tipo de droga voltaram a habitar o lugar. Essa decadência não deve ser muito diferente do tempo de Christiane F., onde adolescentes se prostituam na mesma estação.
Vou andando com o coração apertado, a cabeça não pára em um pensamento, as mãos congelam no frio, já não sinto mais meus dedos que seguram o dönner que comprei na Kantstrasse, o corpo dói pelo trabalho e pelas noites mau dormidas.
Enfim, casa. Só quero escutar as vozes animadas no bar lá embaixo e abraçar quem me dá intimidade para tal.
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